Monstro do Funk: a trajetória de quem estudou para dominar as pistas
Na trajetória de muitos DJs, existe um momento decisivo em que a música deixa de ser apenas um refúgio para se tornar um verdadeiro propósito. Para Dallin, esse ponto de virada aconteceu em 2016, quando atravessava desafios pessoais e reencontrou no universo musical um espaço de acolhimento e força. Com uma bagagem construída no conservatório e uma paixão cultivada desde a infância, ele iniciou sua caminhada como DJ, determinado a transformar talento em carreira.
Dois anos depois, a decisão de ingressar na Beatlife marcaria o início de uma nova fase. “Foi o divisor de águas da minha trajetória”, afirma. E não é para menos. Na Beatlife, Dallin encontrou mais do que formação técnica: encontrou estrutura, direção e a confiança necessária para sair do amadorismo e assumir de vez o papel de artista profissional. A cada módulo, aprimorava não só sua técnica, mas também sua identidade musical, com acompanhamento direto da fundadora Jamila Martins, que compartilhou com ele a experiência de décadas na cena.
Formação que ultrapassa a técnica
Durante o curso, Dallin percebeu que o verdadeiro diferencial de um DJ não está apenas no equipamento, mas na forma como ele se conecta com o público, administra o set e entrega uma experiência completa. “Tudo o que aprendi no curso eu aplico até hoje. Isso é o que me diferencia”, destaca. O conteúdo absorvido na Beatlife se tornou a base que sustenta sua carreira até hoje — da estrutura de um set bem construído ao domínio da pista em tempo real.
A criação do Monstro do Funk
Após a formação, Dallin não perdeu tempo: profissionalizou sua imagem, estruturou um press kit, intensificou seu networking e passou a aplicar, com dedicação, cada aprendizado da Beatlife nos eventos que tocava. O reconhecimento foi consequência direta do trabalho consistente. Não demorou para que surgisse o apelido que hoje o acompanha: “Monstro do Funk” — um batismo informal dado pelo público que se impressionava com a força e qualidade de seus sets. “O apelido representa todo o esforço e dedicação desses anos. As pessoas ouviam e diziam: ‘Esse é monstro mesmo!’”, relembra.
Da pista à conexão emocional
Dallin construiu sua reputação tocando em eventos de destaque como a Calourada Unificada, o Baile da Maladeza, o Sub Summer e o já icônico De Férias com a Board. Para ele, cada evento tem sua importância, seja como marco ou como aprendizado. Em locais como o Picoo Bar, a conexão com o público transcendeu o som: “Era como se o tempo parasse. Eu queria continuar tocando mesmo depois do horário”.
Essa sensibilidade é também o que guia Dallin na adaptação de seus sets. Ele chega mais cedo aos eventos, sente a vibração da pista e constrói sua apresentação com base na energia da galera. Um exercício de escuta ativa que reflete o que aprendeu na Beatlife: o DJ é, antes de tudo, um contador de histórias em tempo real.
Inovação dentro do Funk
Apesar da popularidade do funk nas pistas brasileiras, Dallin se destaca por sua constante busca por inovação. Dedica horas de estudo para se atualizar sobre lançamentos, tendências e novas leituras sonoras dentro do gênero. Cada set é pensado de forma estratégica, respeitando as raízes do funk, mas sempre com um toque criativo que renova a experiência do público. “Estudo, adapto, preparo um set específico pra cada evento... mas sempre levo meu pen drive reserva!”
Um conselho de quem vive o que ensina
Hoje, Dallin é referência para quem deseja trilhar um caminho sólido no funk. E seu conselho é direto: “Faça um curso profissional. Você entra no mercado em outro patamar”. Para ele, foco, perseverança e atualização constante são indispensáveis. “Ninguém vai sonhar o seu sonho por você”, afirma. E acrescenta: “Se você estiver se dedicando de verdade, as oportunidades vão chegar. Mas é preciso paciência.”
A história de Dallin reafirma o compromisso da Beatlife com a formação de DJs não apenas tecnicamente capacitados, mas artisticamente preparados e profissionalmente conscientes. O Monstro do Funk é mais uma prova de que, com as ferramentas certas e a mentalidade certa, é possível transformar talento em carreira — e a pista, em território de expressão e potência.




