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Luiz Vieira: o DJ que transforma Tribal House em manifesto e pista em celebração

Desde os primeiros anos de vida, Luiz Vieira já mostrava que tinha música correndo nas veias. Em casa, os clássicos flashbacks que sua mãe ouvia criaram a base emocional que, mais tarde, se uniria ao poder transformador do pop. Ainda adolescente, Luiz foi fisgado por ícones como Lady Gaga, cuja estética e sonoridade ousadas o inspiraram a ver a música como um território fértil de liberdade e expressão. O ponto de virada veio com o encontro com o Tribal House, gênero que descobriu por meio do universo Drag — um espaço onde batidas, vocais marcantes e atitude performática se encontram.

 

 

 

 

A Beatlife e a Transformação de um DJ

Antes de se formar na Beatlife, Luiz já arriscava suas primeiras mixagens em encontros com amigos e eventos locais. Mas ele sentia que havia algo além, um nível mais profundo a ser alcançado. A decisão de entrar para a Beatlife foi movida por um desejo claro: se profissionalizar e dominar a arte de comandar a pista com propriedade técnica e visão artística. Durante o curso, não apenas aprimorou suas habilidades nos equipamentos, mas mergulhou na construção de uma identidade sonora sólida, entendendo que o Tribal House poderia ser reinventado a partir das suas vivências e influências.

Com a mentoria de Jamila Martins, Luiz compreendeu a importância de respeitar as raízes do Tribal — como os clássicos sons das pistas da The Week — ao mesmo tempo em que ousava misturar elementos novos, explorando texturas, vocais e arranjos que refletissem sua personalidade. O resultado foi um som potente, pulsante e, acima de tudo, verdadeiro.

 

Do interior para o mundo: o remix de MAYHEM

Após a formação, Luiz deu passos significativos rumo à consolidação de sua carreira. Sua presença em eventos como a Parada de São João da Boa Vista e a Pré-Parada de Guaxupé foi fundamental para ocupar espaços relevantes com sua arte. Mas foi o convite do DJ e produtor Thales Sabino — referência na cena LGBTQIAP+ de Brasília e proprietário da lendária Victoria Haus — que elevou sua carreira a um novo patamar: integrar o time de produtores responsáveis pelos remixes não oficiais do álbum MAYHEM, de Lady Gaga.

O desafio era imenso. O álbum havia sido lançado apenas dois dias antes, e os participantes tinham que criar versões únicas em tempo recorde. Luiz mergulhou de cabeça no projeto, estudando minuciosamente cada faixa para encontrar pontos de conexão com sua linguagem sonora. O equilíbrio entre o respeito à obra original e o toque tribal que ele domina foi o fio condutor do remix. Com apoio dos colegas do projeto, trocando feedbacks e experimentando timbres e estruturas, Luiz entregou uma versão que dialogava perfeitamente com o conceito do álbum — ousado, dançante e carregado de personalidade.

 

 

 

 

 

O Tribal House como manifesto artístico e político

Para Luiz, o Tribal House não é apenas uma vertente eletrônica. É uma afirmação de identidade. Com vocais poderosos, batidas profundas e uma estética sonora que evoca tanto ancestralidade quanto modernidade, o gênero é o canal perfeito para expressar sua trajetória pessoal e artística. Seus sets não se limitam ao entretenimento: eles são experiências sensoriais. Entre vocais icônicos, mashups próprios e referências às grandes divas pop, Luiz cria momentos de catarse coletiva — onde o corpo dança, mas o coração também sente.

Ocupando espaços com orgulho e presença

 

Luiz entende que seu trabalho como DJ vai além da cabine. Estar presente em festivais, paradas LGBTQIAP+ e eventos culturais é parte do seu compromisso com a visibilidade e com a democratização da música eletrônica. O Fest Diversidade, onde teve seu primeiro grande palco, é lembrado com carinho: “Ver pessoas da minha cidade dançando, cantando e sendo quem são sem medo foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida.” Já na Parada de São João da Boa Vista, sentiu pela primeira vez o impacto de atravessar fronteiras geográficas e artísticas. E mesmo em contextos mais conservadores, como a Pré-Parada de Guaxupé, sua presença representou resistência e esperança.

Para quem está começando: dicas sinceras de quem vive a cena

 

Luiz Vieira deixa um recado direto para quem sonha em construir uma carreira sólida na música eletrônica — especialmente no Tribal House:

  1. Estude a fundo. Não basta apertar botões; é preciso entender a história, as referências e as possibilidades do gênero.

  2. Construa sua identidade. Ser autêntico é o que faz a diferença em um mercado cada vez mais saturado.

  3. Se envolva com a cena. Vá aos eventos, conheça outros artistas, troque experiências e esteja presente.

  4. Atualize-se sempre. A música muda o tempo todo. E quem não acompanha, fica para trás.

  5. Tenha coragem. Mesmo com pouca experiência, aceite os desafios. Foi assim que Luiz chegou ao MAYHEM.

Com um estilo próprio e uma paixão que transborda em cada batida, Luiz Vieira segue rompendo barreiras e mostrando que o Tribal House pode, sim, ser reinventado — com técnica, ousadia e muito coração. Ele não é apenas um DJ. É uma voz que pulsa junto à pista, transformando cada set em um manifesto de liberdade.

31 de março de 2025

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